segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Visita a galeria do Rock

Hoje fomos a galeria do Rock e visitamos alguns estúdios de tatuagem. O que mais chamou nossa atenção foi o Tat2, o estúdio mais antigo da galeria, funcionando desde 1992.
Ele se localiza no primeiro andar da galeria, chama atenção por seu estilo próprio.E achamos que o seu diferencial é possuir cores mais chamativas, e que parecem durar mais tempo que as outras, e também a seriedade com que trabalham.
Pesquisamos também os valores e tipos de estamparia que podemos utilizar. Como a serigrafia, que parece ser a técnica mais indicada pelo o que conversamos com os logistas porém o valor não ajuda... hahahaha! Pretendemos comprar a tela e fazer por nossa conta, ou conseguir algum patrocínio!
Bom aqui está o link do estúdio para maiores informações...

sábado, 23 de janeiro de 2010

Sakuras, ou simplesmente, flores de cerejeira!

A Flor de cereja no Japão é um símbolo de beleza feminina e sexualidade, já para os chineses, é o símbolo do feminisno e do amor. O desenho da flor de cerejeira tem seu significado no Bushido, o código do samurai, que leva a flor de cerejeira como seu emblema. O florescer da árvore de cereja é a mais pura manifestação de beleza na cultura japonesa, entretanto a flor enfraquece rapidamente e é espalhada pelo vento, esta é a morte perfeita para um verdadeiro guerreiro que viveu com consciência constante e aceitação da filosofia "Samurai" e a natureza transitória de existência. A essência de Bushido, ou o Estilo Guerreiro, o verdadeiro Samurai vive aprendendo diariamente. O lema de um samurai é, " Este é um dia bom para morrer ". A flor de cerejeira como desenho de tatuagem é uma lembrança poderosa de que a vida é passageira e nós temos que viver o presente e temos que apreciar todo momento nos despertando, pois isto pode ser nossos últimos momentos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Hannya - Máscaras japonesas

Muitas vezes ao olharmos pra uma Hannya, ou apenas máscaras japonesas, nos leva a imaginar que tem algo a ver com o diabo, ou Satanás, mas ao contrario do que possa parecer, não há nada ligado a isso.
No conceito de inferno, no budismo japonês, as Hannyas são como os monstros na vida, ou seja, são os confusos sentimentos humanos como a paixão, ciúmes e ódio em que podem transformar homens e mulheres nesses terríveis monstros. A Hannya é apenas um exemplo dos diversos tipos de máscaras utilizadas pelos atores do tradicional teatro japonês, para transmitir a identidade e o humor dos vários personagens. A máscara Hannya é especificamente utilizada para representar uma mulher vingativo e invejosa, pois sua raiva e inveja a consumiu de forma que ela se transformou em um demônio, mas com alguns importantes vestígios da humanidade que ainda lhe resta . A Hannya é representada por uma face com chifres, grandes olhos, dentes pontiagudos, combinados com um olhar de puro ressentimento, o ódio é representado pela expressão de sofrimento em torno dos olhos e do cabelo que sempre esta representada de uma maneira desordenada, demonstrando assim a sua paixão desvairada. Quanto mais violenta e colorida for a personificação da face, na composição do desenho para tatuagem, mais pode se extrair das emoções do personagem, conseguindo retratar muito bem e tirar o máximo dessas fantasiosas e cativantes imagens.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sailor Jerry, o pai do 'Old School'

Norman Jerry Collins (1911 – 1973), ou simplesmente “Sailor Jerry”, não imaginava que o nome dele entraria para a história da tatuagem como o pai do “Old School”. Aos 19 anos, Sailor Jerry se alistou como voluntário na marinha americana, viajando ao redor do mundo, não apenas fazendo sua primeira tatuagem, mas também ganhando exposição à sua arte. Esta época tornou-se uma influência crucial quando abriu sua primeira loja de tatuagem na Chinatown de Honolulu, ele costumava fazer tatuagens nas costas, peitos e braços dos marinheiros que o procuravam em seu estúdio no Havaí. A contribuição de Sailor Jerry para a tatuagem não está ligada apenas ao fato de ser um dos pioneiros no mercado. Ele contribuiu bastante para a popularização da tatuagem aumentando a gama de cores na tatuagem, desenvolvendo seus próprios pigmentos e criando uma "arrumação" de agulhas que machucavam menos a pele. Além disso, foi um dos primeiros tatuadores a usar agulha elétricadescartável e esterilização de qualidade hospitalar. Sua obra mostra temas que traduziam o universo dos marinheiros: âncoras, navios, símbolos de sorte e azar, corações partidos e mulheres, quase sempre nuas ou com pouca roupa. Por sua competência e qualidade de seus trabalhos, Sailor Jerry foi muito copiado, ao ponto de ter impresso em seu cartão a frase: "The Original Sailor Jerry". Sailor Jerry, morreu em 1973 vítima de um ataque cardíaco, mas sua arte nunca conseguirá ser esquecida nos dias de hoje. Para saber mais sobre Sailor Jerry, acesse: http://www.sailorjerry.com/

domingo, 10 de janeiro de 2010

Tatuagem Old School - do surgimento á proibição em Nova York

As tatuagens old school, são geralmente bastante simples, seus desenhos são ousados e os contornos são simples, algumas das imagens mais populares da tatuagem Old School são símbolos da marinha e das forças armadas, imagens de mulheres, muitas vezes pin up's, corações e desenhos com "fitas" em torno de um lema, nome ou alguma data especial. Embora a tatuagem não fosse muito popular em diversos lugares, foi em Chatham Square,bairro de Nova York, no estúdio de Samuel O'Reilly, que a tatuagem floresceu. Era comum os tatuadores tatuarem suas esposas, como um mostruario vivo, já que era o único jeito de mostrarem o melhor de si, sendo acompanhado pro elas, causando espanto e admiração na população, o que ajudava a instigar o desejo de se ter uma tatuagem. Porem, na década de 1920, houve a proibição, fazendo com que o bairro de Chatham tornasse impopular. O centro das tatuagem tornou-se SquareConey Island, os tatuadores abriam lojas em áreas em que poderiam ser aceitos, ou seja, em cidades com bases militares por perto, especialmente bases navais, em que as tatuagens eram conhecidas como marca de viagem, já que facilmente você poderia dizer que uma pessoa tinha sido ou por onde tinha andado por causa de suas tatuagens. Após a segunda guerra mundial, as tatuagens se tornaram ainda mais denegridas pelas suas associações com Marlon Brando, um tipo juvenil de motociclistas infrator, que para piorar, em 1961 houve um surto de hepatite e as tatuagem foram enviada ainda mais para clandestinidade. O procedimento de tatuagem passou a ser caso de saúde publica e passou a ser proibida, o código de violação entrou em vigor, e as lojas em Times Square e Coney Island foram fechadas. Por um tempo, foi difícil fazer uma tatuagem em Nova York, onde tornou-se ilegal e as tatuagens tinha uma terrível reputação associadas com o undergroud. Muito poucas pessoas quiseram tatuar-se naquela epoca. Mas felizmente ao longo dos anos isso mudou completamente e hoje a tatuagem é considerada como uma “Arte Viva” criando novos conceitos!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Surgimento da tatuagem no Brasil

No Brasil, a historia da tatuagem feita com maquina elétrica, assim como a gente conhece, começo no porto de Santos(SP). Ali, em julho de 1959, desembarcou Knud Harold Lykke Gtegersen, ou simplesmente Tatoo Lucky (com um T só, como ele assinava). O dinamarquês foi o primeiro tatuador a se estabelecer no país. Antes dele existiam apelas profissionais que vinham de navios, ganhavam algum dinheiro e se mandavam. Seus trabalhos ficavam 'perdido' nos corpos das prostitutas, dos estivadores e dos marinheiros. Para se ter contato com os desenhos, era preciso ser habitué das quebradas do porto ou percorrer a boca do lixo no centro de Santos.

Pois foi bem ali, num beco de rua João Otávio, que Lucky abriu seu estúdio em 1963. Vinha de longa viagem por Europa, Estados Unidos e América do Sul. Sempre a bordo de navios mercantes, pagava sua passagem tatuando os marinheiro. Quando desembarcou em Santos e por lá decidiu ficar, pendurou na porta de vidro do ateliê uma curiosa plaqueta: “It's not a saylor if he hasn't a tattoo” - 'Não é um marinheiro se não tiver uma tattoo'. Desde então, virou lenda. “Foi o Lucky quem plantou a semente da tatuagem no Brasil”, diz o renomado tatuador paulistano Hercoly,39. “A atitude de abrir um estúdio aqui foi histórica.”

Gordo, Forte e sempre de tamancos pretos típicos da Dinamarca, Lucky nasceu em Copenhague em 1928. Descendente de uma família de tatuadores, saiu de casa aos 15 anos e começou a tatuar na Alemanha do pós-guerra. Na época viajava pela Europa numa moto equipada com side-car, usado como estúdio de tatuagem ambulante.

Desenhista e pintor por profissão, estabeleceu-se em Santos nos anos 60, época em que havia muito preconceito com a tatuagem. Seu catalogo trazia cinco mil desenhos diferentes, de águias, navios, cobras, dragões, e uma infinidade de motivos marítimos. Lucky se gabava de ter tatuado o marechal Rommel, o estrategista alemão na 2ª Guerra Mundial, o rei Frederico da Dinamarca e soldados da Legião Estrangeira.

Tattoo virando onda

A partir dos anos 70, a tatuagem deixa os portos e o mundo marginal para chegar a classe media. Ainda assim, permanece perto do mar: vira mania entro os jovens da zona sul do Rio de Janeiro, que iam ate Santos para se tatuar com Lucky. Ele passa a ter outra freguesia. Tido por um jornal da época como 'único profissional do gênero da América Latina do Sul', sei maior veiculo de divulgação eram os corpos dos surfistas – especialmente do e José Artur Machado, o Petit, cujo 'dragão tatuado no braço', obra de Lucky, foi imortalizado na canção 'Menino do Rio' de Caetano Veloso. A musica virou tema da novela Agua Viva, da rede Globo (1977), época em que a onde de tattoo chega a periferia de São Paulo nos braços do movimento punk. Por um bom tempo, Lucky permaneceu 'único'. Ate que começaram a aparecer seus seguidores.

Mais velho, cansado da vida boêmia no cais do porto, Lucky achou que tinha perdido a majestade de vez quando teve seu estúdio assaltado, no começo dos anos 80. Para ele, Santos já não era um bom lugar para viver. Mudou-se então para RJ, onde morreu de infarto em 1983. Sua arte, no entanto, continua viva – na memoria e no couro de toda a geração que cresceu a beira-mar.

Materia retirada da revista Trip - Nov. 2002